Lendo o texto podemos pensar com mais clareza sobre nossa prática e de que maneira podemos torná-la mais significativa.
Manuel de Barros de uma maneira poética também nos ajuda a pensar sobre o brincar,seus espaços e como nos relacionamos com esse universo a medida que crescemos:
''Acho que o quintal onde a
gente brincou é maior do que a cidade. A gente só
descobre isso depois de
grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há
que ser medido pela
intimidade que temos com as coisas. Há de ser como
acontece com o amor. Assim,
as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores
do que as outras pedras do
mundo. Justo pelo motivo da intimidade. [...] Se a
gente cavar um buraco ao pé
da goiabeira do quintal, lá estará um guri
ensaiando subir na goiabeira.
Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro,
lá estará um guri tentando
agarrar no rabo de uma lagartixa. Sou hoje um
caçador de achadouros da
infância. Vou meio dementado e enxada às costas
cavar no meu quintal
vestígios dos meninos que fomos [...].''
E as crianças na unidade como estão lidando com o assunto?
Muito bem e poderão ter experiencias ainda melhores pois os profissionais responsáveis por elas estão se esforçando para que esses sejam momentos cada vez mais significativos!