CMEI VILA LORENA

CMEI VILA LORENA

sábado, 14 de abril de 2018

Não esqueça


Uma pausa,espaço para acomodar as mudanças!

  Durante os ultimos anos fizemos desse espaço um espaço de reflexão, registramos aqui nossos anseios e avanços formativos. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, forjamos nossa identidade profissional baseada no respeito a criança que atendemos diariamente. Refletimos muito sobre como fazemos nosso  trabalho e de que maneira poderíamos torná-lo melhor, enfrentamos bons e maus momentos, mas continuamos firmes, acreditando na possibilidade de se fazer educação pública com qualidade!  
   Durante esse processo crescemos, mas também adoecemos e nesse momento precisamos de uma pausa para tratar as feridas. Agradeço o carinho com que acolheram esse espaço para que pudessemos entender melhor nosso trabalho. 
   Acredito que mudanças sejam necessárias para que possamos continuar evoluindo e que novos olhares serão bem vindos para nos acompanhar nessa jornada formativa.  
   Não estarei mais sendo a escriba de vocês, porém acredito que qualquer que seja a decisão, ela será perfeita para que vocês continuem crescendo. 
   Obrigada a todos que acreditaram em nosso caminho e sonharam conosco, mantendo a esperança de que por mais difícil e assustador que o momento pareça, não durará para sempre, pois em algum momento o sol vai voltar a brilhar e tudo isso terá valido a pena!
 Adriana S. P. Nunes

sexta-feira, 23 de março de 2018

O Grande dia!


Depois de todo o envolvimento das crianças com a antecipação dos acontecimentos chegou a hora tão esperada: A chegada ao Centro Cultural Caixa para a apreciação da Exposição Candido Portinari.
As crianças estavam muito animadas com a possibilidade de registrar os acontecimentos, haviam levado os tablets e pranchetas, porém, não tiveram a oportunidade de usá-los, pois a organização realizada no local contava apenas com o cumprimento das etapas pré estabelecidas:
Fila unica que passou por toda a exposição sem dar tempo para que as crianças olhassem para o que estava exposto.
Todos sentados para que a monitora "explicasse" o que não foi visto por eles.
Durante a conversa algumas crianças se manifestaram:
Talves por inexperiência ou desconhecimento sobre quem é a criança, a mediação nesse momento não foi uma experiência significativa, segundo Maria Carmen Silveira Barbosa existem  diferentes culturas nas sociedades, porém elas também estão em permanente movimento, interinfluência e reconstrução. As culturas infantis de ontem são diferentes das culturas infantis de hoje por se manifestarem e se estruturarem em outros tempos e espaços, com outros formatos e conteúdos. Quem sabe seja preciso que as pessoas que atuam nos espaços não escolares sejam informadas dessas proposições para que ao entrarem em contato com as crianças possam enriquecer seus repertórios respeitando seus saberes.





Vamos aproveitar esses relatos para refletir um pouco mais sobre a criança enquanto sujeito e as implicações que esse respeito acarretam:
Segundo Maria Carmen Silveira Barbosa precisamos aprender a trabalhar com a "ética do encontro" , permitindo que escutemos o pensamento - as idéias e teorias, as perguntas e respostas - das crianças e dos adultos e que o tratemos sempre de maneira respeitosa! O outro não está somente lá, ele também está aqui, o que signfica lutar para entender o que é dito, sem idéias preconcebidas sobre o que seja correto ou apropriado. Uma pedagogia da escuta trata o conhecimento como sendo uma construção com perspectiva provisória e não como a transmissão de um corpo de saberes que uniformiza o outro.
Se acreditamos que as crianças têm suas teorias, interpretações  e questionamentos, que são protagonistas de seu processo de socialização nos espaços culturais em que vivem e que constroem culturas e conhecimentos , então os verbos mais importantes na prática educatva não serão mais: explicar ou transmitir, e sim, ouvir, compreender, divergir, dialogar, traduzir, formular novos conecimentos.
Nesse contexto ESCUTAR significa estar aberto aos outros, compreender e construir diálogos, acolhendo as diferenças.
Precisamos criar encontros interculturais, construindo uma cultura educacional que incorpore o mundo, criando uma escola que rompa e transgrida com o papel da "Dona Lógica da Razão" ( poema em língua de brincar de Manuel de Barros), que impede as crianças de pensar, falar, poetizar e, assim, contribuir para a novidade do mundo! 
Estamos dispostas a tentar? Temos as ferramentas para isso? 





terça-feira, 20 de março de 2018

Pensando sobre os Registros


 Teoricamente todos sabem o caminho a ser seguido na construção dos registros.A observação sistemática, crítica e criativa do comportamento de cada criança, de grupos de crianças, das brincadeiras e interações entre as crianças no cotidiano, e a utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.), feita ao longo do período em diversificados momentos, são condições necessárias para compreender como a criança se apropria de modos de agir, sentir e pensar culturalmente constituídos. Conhecer as preferências das crianças, a forma delas participarem nas atividades, seus parceiros prediletos para a realização de diferentes tipos de tarefas, suas narrativas, pode ajudar o professor a reorganizar as atividades de modo mais adequado ao alcance dos propósitos infantis e das aprendizagens coletivamente trabalhadas.( Parecer 20/2009 p.16 )
Mas, e na prática como efetivamos esse processo?
A falta de momentos para esse exercício tem sido nosso maior obstáculo, porém a compreensão de que registrar é parte da profissão que escolhemos nos "obriga" a encontrar alternativas para realizar nossa tarefa.
Para que possamos refletir sobre nossos registros vamos acompanhar o trabalho realizado pela equipe do Pré II Rosangela, Maria Clara, Stefany e Dirleia por ocasião da visita que a turma fez a Caixa Cultural.



Esse trabalho foi realizado antes da visita para que as crianças tivessem repertório para compreender o que estaria acontecendo durante a exposição.
Todos ficaram muito empolgados com os registros, pois as crianças já sabem o que significam e vem fazedo seus proprios registros.
O exercício de registrar acabou protagonizando uma experiencia nova e riquissima que aconteceu durante o percurso realizado para chegar a Caixa Cultural.
 Para pensarmos um pouco sobre a ação de registrar:
O que expressa  a resolução 2/009 está traduzida nesses registros?
 Adultos e crianças se envolveram numa nova forma de olhar para questões comuns, o trajeto que em outros momentos foi motivo de preocupação nesse dia virou objeto de estudo e disparador de aprendizagens?
Esses são apontamentos significativos?
Os registros demonstram respeito aos tempos e espaços das crianças?
Podemos dizer que esses registros pontuam o processo formativo dessas profissionais?
Os registros traduzem as aprendizagens ocorridas pela turma?
O que poderia ser melhorado? Suprimido? Reorganizado?
Vamos pensar sobre isso!!!

quarta-feira, 7 de março de 2018

Brincando é que se aprende

Todos sabemos que o eixo norteador do trabalho realizado na Educação Infantil são as brincadeiras. No entanto, por vezes o cotidiano nos mostra que as coisas não são tão simples.
Temos nos esforçado para compreender na prática o que apontam os documentos e aos poucos estamos entendendo que planejar brincadeiras não atende esse quesito porque precisamos nos desvenciliar   do mito de que o professor detem o conhecimento e a criança executa seus comandos.
Quando fazemos o exercício de respeitar os tempos e espaços descobrimos um universo bem mais significativo para as crianças e para nós mesmas. É um caminho difícil, mas descobrimos que vale a pena!
Experiências significativas são bem vindas no cotidiano do Berçário II.









O Pré I vai cuidar dos mascotes e exercitar o cuidado consigo e com os outros!!






As crianças do CMEI estão brincando muito muito  muito!!!




Pré II

Esse ano recebemos um anexo com espaço para receber a turma do Pré II!

Ainda nos adaptando às questões de logística, mas já usufruindo do espaço externo, que é maravilhoso e nossas crianças estão encantadas.
A equipe do Pré II vem se empenhado para que as aprendizagens significativas estejam presentes nesse cotidiano e agora com a aquisição de um espaço que nem em sonho poderíaos proporcionar, ninguém segura esses pequenos!










terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Ano Novo ...Muito trabalho!!!

O ano novo trouxe a certeza de que manter o trabalho que vinha sendo feito no CMEI não será uma tarefa nada fácil!
Que tenhamos a convicção de que o olhar indiferente não fará parte do nosso cotidiano.
Nosso maior desafio será seguir fazendo um trabalho de qualidade, de acordo com o que propõe os documentos para a Educação Infantil.
Todo o percurso formativo realizado ao longo dos ultimos anos enfrenta agora seu maior desafio: Estaremos dispostas a continuar lutando pela educação em que acreditamos?
Teremos força suficiente para não sucumbir aos acordos explicitos ou implicitos que permeiam nossas relações?
As condições mínmas para que possamos realizar nossas tarefas serão garantidas?
Seremos capazes de bancar o preço cobrado para continuarmos realizando o trabalho que acreditamos?
Conseguiremos lidar com o fato de que o que deveria ser regra virou excessão?
O ano está só começando...
Não sabemos ainda como enfrentaremos todos esses dilemas, porém, temos certeza de que somos profissionais competentes e que faremos o melhor sempre!!!!