CMEI VILA LORENA

CMEI VILA LORENA

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017


Uma pausa!

     Ufa!!!  2017 chegou ao fim... E nós SOBREVIVEMOS!!!!!
     Foi um ano difícil repleto de momentos angustiantes, lágrimas amargas, sofrimentos e incertezas...
    Mas foi também o ano que nos mostrou o quanto podemos ser fortes e corajosas, o quanto é possível crescer nas adversidades.
     Esse foi o ano que colocou em xeque nossas escolhas, nossas amizades, nossas verdades, nossas identidades profissionais obrigando-nos a sair do lugar comum expondo quem somos e o que fazemos enquanto profissionais da Educação Infantil.
     Não foi um caminho fácil, as tempestades nos atingíram em cheio, nos sentimos fracas e confusas em muitas ocasiões, mas ao encararmos nossos medos de frente amadurecemos enquanto pessoas e melhoramos enquanto profissionais.
     Descobrimos que dizer sobre os outros é muito mais fácil do que ouvir sobre nós mesmos, mas que por mais dolorosa que a verdade seja será sempre melhor que qualquer mentira.
     Aprendemos que para respeitar as crianças enquanto sujeitos é preciso que sejamos sujeitos, pois de outra forma não haverá respeito algum.
     Forjar nossa identidade profissional não é tarefa fácil e estamos só começando esse processo, mas agradecemos a todos que de alguma forma estão contribuindo com esse amadurecimento.
     Obrigada aqueles que nos incentivaram com palavras e ações.
     Obrigada aos que dividiram conosco as tarefas.
     Obrigada aos que trabalharam muitas vezes sem folga para que pudessemos atender as crianças.
     Obrigada também aos que não nos apoiaram, aos que preferiram criar intrigas quando o que mais precisavamos era de um pouco de paz, aos que demonstraram não ter nenhum respeito por nosso trabalho ou pelas crianças porque nos ajudaram a perceber o quanto as adversidades nos fizeram pessoas melhores e o quanto amadurecemos como pessoas enquanto forjamos nossa identidade profissional pois toda a adversidade desse ano serviu para que refletíssemos sobre quem somos e sobre o que realmente queremos e isso foi muito positivo!
     Agora precisamos de uma pausa...
     Para restabelecermos o equilibrio entre as pessoas que amamos e que nos amam...
     Para curtirmos o merecido descanso dos guerreiros...
     Para abraçarmos mais...
     Beijarmos mais...
     Sorrirmos mais...
    E em 2018 estaremos de volta com outros desafios, novas batalhas porém mais fortalecidos por sabermos quem somos e onde queremos chegar!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Aprendendo a ver com as crianças. É possível?



         A Educação se divide em duas partes: Educação das Habilidades e educação das Sendibilidades.
        Sem a educação das sensibilidades , todas as habilidades são tolas e sem sentido(...)
     Quero ensinar às crianças. Elas ainda têm olhos encantados(...) O início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal.
       (...) as palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos. A muitas pessoas com visão perfeita que nada veem... o ato de ver não é coisa  natural. Precisa ser aprendido. Quando a genrte abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e  o mundo aparece refletido dentro da gente.
        São as crianças, que, sem falar, nos ensinam as razões para viver! Rubem Alves ( A arte de Educar)






   




















"Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança, jamais será sábio!" Rubem Alves

sábado, 18 de novembro de 2017

Planejamento


       Com o estudo sobre a BNCC mudamos de novo, agora inserindo os campos de experiências e os direitos das crianças, além de um campo no próprio documento para as anotações mais significativas , a fim de que não fossem esquecidas se deixássemos para anotar posteriormente:

     Aprendemos desde sempre que planejamento é ação si ne qua nom  em nossa profissão, não há atividade educativa se não houver planejamento!
Mas afinal de contas sabemos o que isso realmente significa?
     Ao longo do tempo aprendemos a "seguir" as receitinhas destinadas a tornar o planejamento algo mais prático e real no dia a dia.No entanto continuamos preenchendo os "formulários" de acordo com as convenções do momento e para isso acabamos desprendendo uma energia enorme, porém cotidianamente em nossas salas acabamos fazendo as coisas quase sempre sem ter vinculo nenhum com o que registramos como planejamento.
     E por que fazemos isso?
    Na verdade se formos sinceros certamente não saberemos responder, apenas seguimos o fluxo das coisas por acreditar que é assim que deve  ser...
     Estamos nesse momento numa cruzada para compreender definitivamente de que forma devemos realizar nossos planejamentos para que sejam o registro fiel de nossas ações ou no mínimo de nossas intenções.
     Durante essa busca fizemos muitas tentativas para que o trabalho realizado com as crianças estivesse disposto em nossos planejamentos.Não foram poucas as vezes em que pensamos em desistir, e ainda não temos muitas certezas em relação a tudo isso. O que sabemos é que trabalhar com os campos de experiências descritos na base está nos ajudando a pensar melhor sobre o que estamos oferecendo as nossas crianças e esse questionamento constante é que tem nos guiado na hora de fazer o planejamento. Dscobrimos que ao ampliarmos nossa metodologia de ação nos arriscando pelos campos de experiências a forma como vinhamos realizando nossos planejamentos não permitiria nossas ações então resolvemos rever nossos registros tentando torná-los o mais funcional possível para o trabalho que tencionávamos realizar.
      Revendo nossos passos na busca por um instrumento que nos ajude a refletir e construir uma prática coerente com a concepção de criança que temos e com a metodologia de trabalho apontada pela BNCC fizemos a seguinte caminhada:

Um roteiro semanal que exemplificasse tudo que pretendíamos fazer a cada dia da semana:
Depois uma organização menos fechada que nos permitisse pensar na samana: 




        O formulário  não nos permitia avançar porque o que estávamos discutindo acabava não se encaixando naquela formatação e decidimos organizá-lo de maneira que pudessemos ter nele uma ferramenta de apoio ao trabalho que estávamos tentando realizar:


      Depois de muita reflexão sobre nossos registros percebemos que não estávamos avançando porque apesar de sentirmos que o roteiro  era um instrumento engessado, com os novos estudos acabamos simplesmente inserindo a "nomenclatura" proposta na BNCC criando um instrumento que não fugia da antiga formatação!
        Bingo!!!
 a partir daí conseguimos ver que nossos estudos sobre os campos de experiências estavam nos propondo um planejamento voltado para o respeito aos tempos e espaços das crianças no entanto contínuávamos fazendo planejamentos que cerceavam totalmente esse respeito iludidos que a substituição da nomenclatura resolveria tudo.
        E agora? O que fazemos com nossa constatação?
Inicialmente decidimos que cada turma faria um exercício de organização tendo em mente o trabalho com os campos de experiências, já com a certeza de que eles abrangiam todos os conhecimentos e não poderiam simplesmente substituir as áreas de formação.
        Novamente revisitamos o texto Experiência de Aprender da Silvana Augusto para oxigenar as ideias e nos ajudar a diferenciar vivências e experiências a fim de que pudessemos fazer planejamentos coesos com nossas reais intenções.
        Depois de idas e vindas, ações e reações, muito amor e ódio chegamos a esse instrumento, que no momento, atende um pouco melhor nossos anseios. Com certeza a medida que avançarmos em nossa compreensão sobre como "planejar" o trabalho a ser realizado no CMEI esse instrumento precise ser revisto e reorganizado, mas não teremos problema algum em fazê-lo porque nesse processo temos aprendido que verdades não são absolutas, que sugestões são exatamente o que o nome sugere e que se trabalhamos com pessoas pequenas ou grandes precisamos estabelecer com elas a melhor maneira de organizar nossos registros e que isso põe por terra a padronização, o que não significa que o trabalho não esteja acontecendo porque descobrimos que  a forma como planejamos reflete no que acreditamos e que se a concepção de criança que temos não for a proposta em todos os documentos que falam em Educação Infantil não importa o quanto façamos discussões e estudos, jamais chegaremos a lugar nenhum, porque para investirmos num trabalho que respeita tempos e espaços precisamos estar inseridos no processo, do contrário continuaremos a reproduzir os fazeres de outros não nos tornando protagonistas de nossas práticas e isso terá consequências diretas nas crianças que estão aprendendo a ver o mundo a partir do nosso olhar!



sábado, 14 de outubro de 2017

Parabéns Professoras da Educação Infantil

      Uma pequena homenagem as profissionais que vivem a dicotomia de serem humanas e professoras e que apesar de todas as incertezas e dificuldades continuam em frente por acreditarem na profissão que escolheram seguir!


Obrigada por existirem!!!!!!

Professor de Educação Infantil

     Nos últimos anos temos sido bombardeados com informações sobre a Educação Infantil.
     Os jornais volta e meia trazem reportagens sobre o assunto, aliás todo mundo sempre tem algo a dizer sobre quem atende essas crianças: pais, médicos, psicologos, diretores, politicos, jornalistas, blogueiros e por aí vai. Todos parecem saber muito sobre o que fazer com crianças tão pequenas...
     Será?
    Será que todo mundo sabe o quanto é arriscado colocar tantas crianças tão pequenas no mesmo espaço físico? Sabem que esses bebês adoecerão mais até que seus corpos adquiram a imunidade necessária para viver fora de suas casas?
     Sabem o quanto é desafiador para elas dividir espaços, afetos, brinquedos?
     Sabem que essas pessoas tão pequenas têm que lidar com tantas adaptações que as vezes entram em colapço e não sabem explicar isso a ninguém?
    Sabem que é preciso fazer malabarismos nos espaços físicos oferecidos a elas para que se desenvolvam saudavelmente?
     Sabem que essa é uma experiência mágica mas assustadora e que a forma como cada uma se relaciona com o mundo pode ser decidida nesse processo?
     Talvez nem façam idéia e considerem tudo isso uma tremenda bobagem, crianças crescem e é isso, ponto final.
     Nada disso, crianças aprendem a ser humanas com os humanos e quando esses por qualquer motivo esquecem sua humanidade nossas crianças terão problemas!
     Nesse contexto todo existe alguém que precisa saber de tudo isso e mais, precisa se preocupar a cada segundo com isso: o professor de Educação Infantil.
     Mas afinal quem é esse profissional?
     Ele já foi alguém que gostasse de criança, já foi voluntário da boa vontade, já foi o caridoso cheio de dó, já foi a segunda mãe, a  babá e até a tia, mas hoje nenhuma dessas relações é suficiente para que faça seu trabalho direito.
     O profissional de Educação Infantil é antes de tudo um ser humano já que sem esse quesito básico não pederá ser exemplo para crianças que estão se apropriando de sua humanidade.
     Como humano é alguém com sensibilidade capaz de perceber o caminho de cada criança nesse processo, sempre pronto a acolher, compartilhar, emocionar, proteger enfim sempre pronto a apresentar a elas as milhares de possibilidades que as ajudarão a se tornarem seres humnanos de fato e de direito! 
      É profissional qualificado para exercer a profissão estando no mesmo patamar dos outros profissinais do país.
     E como trabalham esses profissionais?
   O maior desafio desses profissionais é garantir o processo de descoberta dessas crianças, mostrando-lhes um mundo que valha a pena ser conhecido, amado e protegido onde o riso seja largo, o espirito seja livre e a convivência encantadoramente saudável, onde elas possam aprender a ser humanas sendo humanas na companhia de adultos humanos, onde possam aprender a lidar com sentimentos e emoções amparadas por adultos que se permitem emocionar na frente delas e que não consideram suas preocupações e temores menores por se tratarem de sentimentos infantis.
     Os espaços de Educação Infantil são espaços educativos, espaços de convivência social mas não são escolas, esses espaços onde as pessoas vão para estarem sentadas umas atras das outras, onde produzem em serie, andam em fila e são cobradas o tempo todo a aprenderem,,, aprenderem aprenderem...
     Nosso espaço de Educação Infantil é sim espaço de aprendizagem mas as crianças aprendem muito pouco com palavras elas aprendem com exemplos, ao compartilhar experiências significativas, ao serem respeitadas enquanto pessoas.
     Por isso é preciso que os olhares se voltem para os professores de educação infantil, é preciso que os próprios professores se perguntem se estão preparados para exercer essa função uma vez que nessa fase da educação dos brasileiros será preciso ensinar aprendendo, a fazer fazendo, a demonstrar vivenciando, a conhecer se dando a conhecer pois informações servem para os canais que as vinculam mas como não somos canais de vinculação de informações precisamos garantir que nossas crianças vivam cada uma de suas experiências: corram, pulem, comam, se cuidem, descubram, elaborem hipoteses, façam amigos, gostem e disgostem, descansem e se agitem, gritem e se calem, chorem e sorriam enquanto brincam e se apropriam de suas proprias existências.
     Mas e os professores de Educação Infantil fazem o que nesse processo?
    Precisarão ser feras, super profissionais e acima de tudo humanos por excelencia para que se permitam ser os quadjuvantes nesse espetáculo, os contra-regras com tudo sob controle para que o show da vida seja o melhor espetáculo que cada uma dessas crianças puder protagonizar pois afinal o melhor mestre não é aquele que mostra o caminho enquanto faz a camonhada com seu discipulo e o ajuda a encontrar as ferramentas certas para resolver seus conflitos?
     Esse é o professor de Educação Infantil!!!! 




quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Dia da Criança


 

Que as tempestades da vida não nos impessam de ver a criança que existe em cada um de nós, mas que também não sejam as desculpas para que não façamos o melhor pelas crianças que estão sob nossa responsabilidade todos os dias!

terça-feira, 19 de setembro de 2017

O planejamento nosso de cada dia

     Estamos estudando e conversando muito sobre o planejamento, já aprendemos que faz parte das atribuições do profissional de educação, no entanto estamos buscando encontrar a melhor forma de realizá-lo no contexto da Educação Infantil.
     As mudanças têm suscitado vários questionamentos e muitas angústias,  pois temos percebido que esse caminho está nos levando a lugares desconhecidos e o desconhecido sempre assusta!
     A partir do momento que passamos a ver a criança enquanto sujeito e que passamos a olhar para ela respeitando seus tempos e espaços entramos em conflito com a maneira que vinhamos organizando o trabalho pedagógico porque os planejamentos descrevem atividades a serem realizadas no decorrer do dia com cada turma e se eles são pensados para as crianças onde entra a autonomia delas? Se estão organizados de acordo com a rotina estabelecida pelos adultos onde entra o respeito ao tempo das crianças que nunca é o mesmo? Questionamentos como esses têm assombrado nossos pensamentos enquanto pensamos nos planejamentos.
      Como eliminá-los? Onde encontrar as respostas? Como aplacar as angústias que nos assombram?
      O caminho não parece fácil porque estamos reaprendendo a olhar para ver...
      Como assim?
    Temos percebido que nesse processo nossa melhor estratégia tem sido a observação. Observar, observar e voltar a observar...
      Mas observar exatamente o quê?
      Observar nossas ações diante do grupo de crianças que atendemos.
      Observar as crianças em suas brincadeiras.
      Observar as crianças enquanto executam as ações planejadas para elas...
      Observar nossas reações diante das crianças e dos colegas na sala.
      Observar as crianças enquanto comem, dormem, conversam e se relacionam na sala e fora dela.
      Observar se aquilo em que acreditamos faz o mesmo sentido sempre.
       Observar se nossas certezas estão mesmo certas.
      Observar para ver cada vez mais fundo nossa própria identidade profissional...
     Mas além de observar também precisamos ouvir, ouvir o que nos dizem, o que dizem entre si, o que não conseguem dizer, ouvir os sons e os silêncios presentes em nosso cotidiano. Observando e ouvindo, ouvindo e observando... quem sabe com essas ferramentas sejamos capazes de encontrar respostas ou elaborar novas perguntas...
      Para nos ajudar nessas reflexões vamos ver o vídeo abaixo:

      Era uma vez uma garotinha que sonhava em ser bailarina...
      Ops, essa não é a história do vídeo, pois a ação que ele registra é mais uma  no cotidiano do Pré I.
      O que as imagens nos revelam?
     Se olharmos para elas com os óculos de profissionais detentores do saber e concisos de sua autoridade profissional diríamos que vemos uma criança que não interage com os colegas... Ou uma criança que se recusa a participar da atividade proposta para a turma, já que está sozinha ... Ou ainda uma criança que está querendo aparecer e não sabe que exercícios de balé devem ser feitos nas aulas de balé.
     Será ???
    Como já avançamos nesse processo podemos dizer que essa criança está nos dando uma ideia inovadora e que quem sabe poderíamos trazer o balé como tema para uma sequência ou projeto, pois como profissionais antenados sabemos que o interesse das crianças deve reger nossos planejamentos.      Mesmo???
     O que de verdade devemos ver nesse vídeo???
     Qual a melhor alternativa de ação?
     Ele é uma boa prática? Podemos usá-lo como referencia para outras turmas e propostas?
     Vamos retomar o que a Silvana de Oliveira Augusto nos diz sobre vivências e experiências no texto: A experiência de aprender na Educação Infantil. Baseadas nessa referência voltemos nosso olhar para o vídeo:
     O que o balé é para a turma do pré I ?
     O que desencadeou esse momento?
     Como ele foi organizado?
     Foi planejado? De que maneira?
      Para responder esses questionamentos precisamos entender o contexto dessa filmagem já que é o recorte de um momento no cotidiano dessa turma: O balé não entrou no planejamento da semana, no entanto as profissionais vêm ampliando o repertório musical das crianças e num dos momentos de audição apresentaram a elas uma música no formato das antigas caixinhas de música, alguns gostaram, a maioria estranhou, outros não se importaram porém para a criança em questão foi um momento importante porque o balé está em seu cotidiano e inclusive sua personagem preferida é uma bailarina.
      Mas que relevância têm essas informações?
    Todas as possíveis se estamos focadas em organizar planejamentos que respeitem as crianças. Nesse caso o planejamento não consistiu na organização de uma sequência didática para apresentar o assunto para a turma, mas na sensibilidade das profissionais em perceber que inserindo no contexto o elemento musical, essa criança conseguiu avançar em suas hipóteses trazendo para a brincadeira não só o que está aprendendo em suas aulas mas também o mundo mágico da história que gosta de ver.
       Porém ainda não estamos falando do contexto do vídeo em si, foram organizações realizadas em momentos anteriores. No dia em questão as profissionais trouxeram caixas de pizza porque as crianças estavam explorando os círculos, não planejaram brincadeiras circulares, apenas baseando-se no interesse da turma para enriquecer um pouco mais as experiências que vinham tendo, pensaram no material que poderia ser inserido nesse contexto.
      A maioria  das crianças seguiu na linha das rodas e dos rodopios com o material, porém a garotinha viu a possibilidade de criar sua própria caixinha de música e se empenhou para que esse fosse seu momento mágico... 
        Olhando para a filmagem podemos nos perguntar sobre a postura das profissionais que olharam e viram que esse era um momento importante, mas que foram brilhantes porque não fizeram nenhuma intervenção.
    Funcionaria da mesma maneira para todos? Provavelmente não, mas foi uma experiência riquíssima para aquela garotinha em questão..
       Voltando as reflexões:
       Onde entra o planejamento nessa situação?
       Como as profissionais conseguem controlar as crianças?
       A ordem é estabelecida de que maneira?
       Quem manda em quem?
        Como se trabalha no caos onde cada um faz o que quer?
Questionamentos muito validos mas que ilustram preocupações com uma maneira de fazer educação que não diz respeito ao que está sendo solicitado nos documentos nacionais, nos documentos da rede ou no PPP da unidade uma vez que todos esses documentos descrevem práticas que respeitam as crianças em suas experiências cotidianas.
     Precisamos avançar em nossas ações fazendo a relação direta das questões teóricas com nossas práticas cotidianas e só conseguiremos isso se estivermos dispostas a olhar e ver o que temos feito sem pensar que sabemos tudo, mas aprendendo a respeitar nossas crianças enquanto pessoas capazes com as quais poderemos interagir em trocas constantes de ensinar e aprender...
      Porque nessa perspectiva não planejaremos mais as ações mas os espaços e os materiais, ou seja, planejaremos as possibilidades, mas as ações dependerão das crianças, de seus repertórios, de suas hipóteses...
    Dessa forma a história de nossas pequenas bailarinas, heroinas, mães, motoristas... de nossos pilotos, construtores, dançarinos, cozinheiros terão finais felizes porque aprenderão que podem ser o que quiserem ser na medida que crescem e se apropriam de quem realmente são!!!



     

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Organizar para quê?

     As crianças gostam de brincar na areia mas a "casinha" tem sido motivo de muitas discussões e alguns aborrecimentos.
    Como aproveitar a brincadeira na areia e não deixar toda essa areia na casinha na hora de sair?
    Um desafio enorme que a equipe do Maternal II está tentando solucionar:








     A organização é parte do planejamento, mas como levar as crianças a perceberem a necessidade dela já que está nos olhos adultos?
     O jogo simbolico está auxiliando a turma nessa empreitada. 
     Como?    Cabe aos profissionais criar as condições para que as crianças assumindo o papel  de  adultos organizados que conhecem possam brincar com essas ações, no entanto é importante não nos esquecermos que a organização das crianças será construida e que cada momento deve ser respeitado sob o ponto de vista de cada criança envolida nunca sob o ponto de vista do adulto porque se não esses momentos passarão a ser a"tarefa de deixar as coisas do jeito que a professora deseja que sejam feitas" e uma vivência assim pode não resultar na experiência rica e significativa que desejamos que as crianças tenham.

A palavra de ordem é BRINCAR!

       No decorrer de nossa caminhada já aprendemos que "o brincar" é a base do trabalho a ser realizado na Educação Infantil, no entanto no decorrer dessa mesma caminhada fomos bombardeadas por ações que determinaram esse brincar no cotidiano e nem sempre tinham uma coerencia muito clara. Passamos então a esperar que "nos dissessem a que brincar" estavam se referindo os que determinavam o que devíamos fazer em sala. Uma infinidade de concepões foram inseridas em nossos   estudos, apresentadas nos roteiros que precisávamos preencher e cobradas na forma como desenvolvíamos nosso trabalho. UFA!!!!!
       Todo o empenho e esforços desprendidos nessa caminhada foram validos pois nos ajudaram a chegar onde estamos hoje: Num processo de ensino-aprendizagem em que as interações  que respeitam nossos saberes nos ajudam a construir aprendizagens baseadas em experiências significativas para todos os envolvidos.
         Nesse contexto temos "reaprendido" o conceito de brincar e o estamos incorporando ao respeito aos tempos e espaços das crianças além de ressignificar materiais e brincadeiras...
     Quem diria ...
     O que um tecido amarrado pode proporcionar a um grupo de crianças do pré I transbordando de sonhos, desejos e muita imaginação!!!!!
     Ao olharmos essas imagens sentimos empatia pela situação mas também podemos nos perguntar: Como foi feito esse planejamento? O que foi registrado no roteiro semanal?
     Perguntas pertinentes já que estamos falando de trabalhos desenvolvidos por profissionais.
     De acordo com o que  temos estudado oportunizar experiências significativas às crianças exigirá de nós antes de mais nada, nos despirmos da  forma como fomos ensinadas a olhar para o planejamento e principalmente para o roteiro semanal. Por quê?
     Porquê na perspectiva dos campos de experiência temos percebido que planejar "atividades", brincadeiras e ações que serão realizadas num determinado tempo por todas as crianças, sejam em pequenos grupos ou com a turma toda nem sempre surtem os resultados desejados e ainda acabam por não respeitar as crianças já que o que fazemos foi escolhido pelos adultos que alimentam expectativas a partir de suas referências e repertórios. Então o roteiro semanal passa a compor os elementos a serem usados, os espaços que podem ser aproveitados mas o que se fazer com esses elementos e em  quanto tempo depende da turma, de seus interesses, do repertório apresentado a elas em momentos de apreciação, riquissimos para que consigam desenvolver seus conhecimentos enquanto testam suas hipoteses. Nesse contexto o certo e o errado não existem e os resultados não podem ser mensurados previamente porque não existem respostas únicas mas uma infinidade de possibilidades para cada momento, brinquedo ou brincadeira.
       Fácil????
       Lógico que não! Esse processo envolve bem mais que "ter tempo para sentar e planejar", pois trata de mudanças estruturais do que acreditávamos ser o " trabalho do professor", trata-se de rever a identidade desse profissional a cada escolha, ação, discurso ou silêncio. Fazer essa reconstrução enquanto nos reinventamos a cada instante, com as condições que temos é o nosso desafio diário.Levantarmos todos os dias e nos dirigirmos para nosso local de trabalho enfrentando o medo, a insegurança, as incertezas e incompreensões que também acompanham esse processo com a nítida sensação de que estamos nadando contra a maré muitas vezes nos faz congelar, mas quando vemos o sorriso sincero das crianças que se mostram felizes em estar conosco, quando obtemos avanços, mesmo que pequenos com nossas turmas, colegas de trabalho e familiares, respiramos fundo, secamos as lágrimas, unimos as mãos e decidimos continuar porque acreditando que estamos no caminho certo e já aprendemos que por mais intensa e escura que a noite possa ser... sempre haverá um novo dia!!!!!!
    

terça-feira, 5 de setembro de 2017

A prática na prática, como assim?

     Nossas práticas cotidianas estão na "berlinda" e isso assusta!
     As reflexões que temos feito nos ajudam a olhar de novo e de novo e de novo para aquilo que considerávamos consolidado no cotidiano. E  o que estamos vendo?
     Temos visto comportamentos resultantes de decadas de cobranças e que resultaram em algumas práticas sem muito sentido, por exemplo: aprendemos que no inicio do dia precisamos realizar o que chamamos de rotina com chamada, troca de roupa, leitura, rodas de conversa e nos empenhamos em que todas as crianças executem as tarefas com atenção. Porém quando passamos a ver a rotina não mais como tarefa dos profissionais mas como espaço de experiência das crianças a execução dessas  tarefas começa a perder a função e o que fazer então?
     Começamos flexibilizando os momentos. 
    Como assim? Cada grupo tem realizado essas tarefas nos momentos em que elas sejam mais significativas para a turma e o que é melhor, não acontecem simultaneamente  para a turma inteira.
     O que essa mudança tem a ver com o trabalho pedagógico?
    Tudo. Porque se olho para essa criança com o respeito que ela merece sei que não preciso " cobrar" que todas troquem de roupa quando eu considero ser o melhor momento por compreender que o melhor momento será quando a criança sentir necessidade de fazê-lo.
     E que aprendizagens essa ação proporciona?
    O exercício da autonomia com o conhecimento do próprio corpo, suas necessidades e desejos, ferramenta importantíssima para o desenvolvimento das crianças e matéria prima que vinha sendo deixada de lado porque ao fazermos as trocas mecanicamente cumprindo a rotina não estavamos permitindo que as crianças exercitassem a autonomia tão propagada e no fim tínhamos que "planejar atividades" artificializando as ações por entender que tínhamos que trabalhar com a autonomia.
      Nossa que confusão! Isso mesmo uma enorme confusão que vem cerceando nossa condição de compreensão do papel do profissional principalmente na Educação Infantil.
      Mas é bom saber que aos poucos estamos construindo nossa identidade profissional por acreditarmos no que fazemos!
        Algumas ações que nos ajudarão a compreender melhor o que estamos fazendo:

     Já compreendemos que a organização da sala é materia prima do trabalho pedagógico, num primeiro momento trouxemos essa organização como atividade a ser ensinada as crianças;



     Nesse caminho de reflexões que estamos fazendo fomos percebendo que a "aula" de dobradura não atingia nosso objetivo, pois as crianças ficavam olhando a professora executar os movimentos e depois precisavam realizá-los o mais próximo possível do modelo, os que não conseguiam sentiam-se frustrados e desistiam da tarefa.
     Como resolver a situação?
     O texto da Silvana que trata das vivências e experiências nos ajudou a avançar e agora estamos empenhadas em  oportunizar experiências significativas que ajudem as crianças a se desenvolverem melhor.
     Percebemos que " o siga o modelo" pode muito bem ser subtituido pelo " que podemos fazer juntos"? E que ao oportunizarmos que as crianças sejam envolvidas na resolução dos problemas reais do cotidiano somos surpreendidas com a capacidade que apresentam.

     Ao deixar que as crianças encontrem o melhor jeito de organizar  o cotidiano sem querer  que façam as coisas da maneira como a professora faz, não cobrando ações simultaneas para todas as crianças fomos incorporando o significado das experiências e temos constatado que todos estão aprendendo muito mais e de forma significativa.



quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Os Campos de Experiência e nossas reflexões sobre o que estamos fazendo

     Estamos estudando os Campos de Experiência propostos pela BNCC, o que têm nos agradado na medida que vêm de encontro as dúvidas que tínhamos com relação a maneira de fazer planejamento na Educação Infantil.
     Entretando será preciso rever com carinho a forma que desenvolvemos nossas práticas pois temos percebido que trabalhar com os campos de experiência exige bem mais do que simplesmente mudar a nomenclatura em nossos roteiros semanais.  E é exatamente aí que reside nossa maior angústia: Como fazer o roteiro respeitando as experiências, os tempos e espaços e as especificidades de cada turma e criança se o que fazemos se baseia em nosso repertório e nas atividades e brincadeiras que consideramos relevantes para a turma em que atuamos?
     Reorganizamos nosso roteiro semanal dando visibilidade aos direitos e campos de experiência propostos na BNCC, entretanto na prática temos percebido poucos avanços em nossos registros porque continuamos pensando em propostas que acabam não respeitando as crianças. 
     Mas e então o que faremos? 
     Deixamos de planejar porque será melhor permitir que as crianças digam o que querem? 
     Se deixarmos as crianças fazerem o que querem onde entra a intervenção pedagógica?
     Se cada criança faz o que quer como ampliamos seus saberes?
     Essas dúvidas estão povoando nosso cotidiano e ainda não encontramos as respostas, mas estamos conversando muito sobre o que fazemos e como estamos fazendo e aos poucos temos encontrado pequenas soluções que estão nos ajudando a pensar sobre nossa identidade profissional e as aprendizagens no universo da Educação Infantil.
    As práticas que estamos mostrando nessa tragetória ilustram um pouquinho da direção que estamos seguindo. Já conseguimos compreender que a lista de tarefas que fazíamos a um tempo atrás não dão conta do trabalho que queremos realizar, mas por quê?
      Porquê  descobrimos que ao olharmos para as crianças que atendemos como pessoas com saberes isso exige de nós o exercício do respeito. E quando falamos de respeito não estamos nos referindo ao "ensino das palavrinhas mágicas" porque já percebemos que respeito é sinônimo de proporcionar às crianças qualidade no que oferecemos e nesse contexto "ter pena" das crianças pelas condições que apresentam passa muito longe disso!
       Sabemos que as crianças estão vindo para os CMEIS aos três meses de idade e que passam cinco anos conosco, se as respeitamos temos consciencia de que o mundo será apresentado a elas através dos nossos olhos e que cuidados assistencialistas e carregados de pena não fazem parte do que ofereceremos a elas e isso é o que estamos chamando de respeito!
       No entanto manter nossas expectativas e ampliar nossa visão de mundo para que possamos fazer o melhor trabalho que pudermos fazer tem sido a mola propulsora de nosso trabalho formativo, afinal somos todos "pessoas" e como tal precisamos encontrar equilibrio em nossas interações para que sejam positivas e que resultem em aprendizagens significativas.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Audição Um momento encantador

 As crianças do Maternal II adoram cantar por isso os momentos de audição são bastante esperados por elas:


   
    Deixar que as crianças se expressem através da música têm contribuido para que os pequenos desenvolvam a oralidade e ampliem seus repertórios.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Roteiro Semanal

    Na busca por tornar nossos documentos funcionais estamos modificando algumas estruturas a fim de que atendam as especificidades do momento que estamos vivendo.
     O roteiro semanal é um importante instrumento pois nos ajuda a organizar nossa semana de trabalho, no entanto a medida que fomos estudamos e compreendemos a proposta de trabalho para a Educação Infantil começamos a perceber que sua organização não atendia as necessidades do trabalho a ser realizado e inicialmente começamos a preenche-lo para cumprir com a tarefa de termos o roteiro semanal.

     Na tentativa de torná-lo mais funcional a fim de que atendesse espectativas e necessidades das turmas fizemos a primeira modificação nele:

     A partir do que está sendo proposto na BNCC e dos estudos e reflexões que estamos fazendo decidimos reorganizar novamente essa estrutura, no entanto já percebemos que a forma que estruturamos o roteiro não dará conta de um planejamento que permita a interação, as experiencias mas que respeite os tempos e espaços envolvidos no processo.

    Nossas reflexões estão nos levando a perceber que será preciso romper com a estrutura "engessada e escolarizada" que aprendemos a chamar de planejamento, mas no momento ainda precisaremos testar nossas hipoteses, respeitando nosso tempo de assimilação a fim de que possamos encontrar o melhor jeito de registrar o trabalho que sabemos que precisa ser realizado. Teoria e prática se completam nesse processo, porém somos humanos e precisamos de um tempo para que através das interações com nossos colegas e com as crianças que atendemos possamos encontrar a melhor maneira de traduzir em nossos registros o trabalho que nos empenhamos em realizar.


Repensando a forma de fazer planejamento

    
     Se pensamos nos campos de experiência percebemos que a forma usada para registrar nossos planejamentos precisará ser repensada.
     Por quê? Demoramos tanto para incorporar o planejamento por áreas com atividades dirigidas e agora será preciso mudar de novo?
     Sim, as mudanças são necessárias nesse processo porque nada é estático e o movimento nos faz rever conceitos considerados importantes em determinados momentos, que bom estarmos avançando a ponto de revermos nossos documentos a fim de que sejam a descrição do que realmente estamos fazendo.
     O texto da Silvana nos ajuda a rever os conceitos que temos sobre "vivencias" e "experiências" e traz três pilares importantes para que possamos rever nossos planejamentos:
INTERAÇÕES - DIVERSIDADE DE EXPERIÊNCIAS - CONTINUIDADE DAS EXPERIÊNCIAS
     Nesse contexto os planejamentos baseados em "atividades" a serem executadas, onde todas as crianças produzem um determinado produto final num tempo x não condizem mais com o trabalho que estamos fazendo com as crianças. Mas por quê? 
     Porquê se estamos considerando a criança enquanto sujeito com saberes e identidade própria tarefas a serem executadas da mesma forma pela turma inteira não respeitam essa criança.
     Porquê se considerarmos as interações como fonte de aprendizagens significativas precisamos permitir que elas aconteçam não só entre professor/crianças mas entre criança/criança na sala e em outras turmas e um planejamento de atividades não permite isso.
     Porquê se acreditamos que a diversidade nas experiências da criança não significam uma porção de atividades que artificializam a visão do mundo apresentado a elas, a execução de atividades não ressignificará os saberes e não resultará em aprendizagens significativas.
     Porquê se pensarmos que respeito ao tempo e espaço dessa criança significa dar a ela as condições de testar hipoteses fazendo e refazendo o caminho de suas aprendizagens e que esse processo não cabe numa rotina pré determinada pelos adultos mas precisa de continuidade para que aconteça permitindo às crianças apreenderem os conhecimentos.
     Porquê se levarmos em consideração as questões levantadas a cima saberemos que nossos planejamentos da forma como são concebidos hoje não permitirão o desenolvimento que pretendemos por isso a transformação deverá ter inicio em cada um de nós, nosso compromisso com a profissão que escolhemos nos levará cada vez mais a repensar nossas ações e esse movimento nos ajudará a reescrever nossa história enquanto profissionais comprometidos com a Educação Infantil pública e de qualidade em nosso pais.  
     O caminho é longo mas vamos nos contentar a dar um passo de cada vez!
    
    

Os Campos de Experiência e os Planejamentos

    A medida que estudamos e compreendemos um pouquinho mais sobre os campos de experiência começam a surgir dúvidas que não estavam mais na pauta.
    Como planejar?
    O planejamento da forma como vinha sendo realizado não atende as especificidades do trabalho a ser realizado com os campos de experiência e agora o que fazemos?
    A angustia de lidar com o novo muitas vezes não permite o avanço necessário e ficamos sem saber qual será o melhor caminho para realizarmos o trabalho.
    Para nos ajudar nesse processo reflexivo vamos retomar o texto da Silvana Augusto que estudamos no ano passado:











    Retomando o que a Silvana apresenta nesse texto nossas discussões ganham em aprofundamento porque ela nos ajuda a olhar novamente para nossas práticas com outros olhos.
    O grande desafio que enfrentaremos a partir de agora está na desconstrução da figura do "professor de educação infantil" nos moldes de uma educação conteudista que não se aplica em nada nem a faixa etária atendida pela Educação Infantil nem pela proposta de trabalho baseada nos Campos de Experiência.  
    O profissional da Educação Infantil precisa ter consciência de que apresenta o mundo às crianças, um mundo vivo, em transformação em que as interações enriquecem as aprendizagens e é para apresentar "esse" mundo que o planejamento precisará ser pensado  e repensado.