CMEI VILA LORENA

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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Os Campos de Experiência e nossas reflexões sobre o que estamos fazendo

     Estamos estudando os Campos de Experiência propostos pela BNCC, o que têm nos agradado na medida que vêm de encontro as dúvidas que tínhamos com relação a maneira de fazer planejamento na Educação Infantil.
     Entretando será preciso rever com carinho a forma que desenvolvemos nossas práticas pois temos percebido que trabalhar com os campos de experiência exige bem mais do que simplesmente mudar a nomenclatura em nossos roteiros semanais.  E é exatamente aí que reside nossa maior angústia: Como fazer o roteiro respeitando as experiências, os tempos e espaços e as especificidades de cada turma e criança se o que fazemos se baseia em nosso repertório e nas atividades e brincadeiras que consideramos relevantes para a turma em que atuamos?
     Reorganizamos nosso roteiro semanal dando visibilidade aos direitos e campos de experiência propostos na BNCC, entretanto na prática temos percebido poucos avanços em nossos registros porque continuamos pensando em propostas que acabam não respeitando as crianças. 
     Mas e então o que faremos? 
     Deixamos de planejar porque será melhor permitir que as crianças digam o que querem? 
     Se deixarmos as crianças fazerem o que querem onde entra a intervenção pedagógica?
     Se cada criança faz o que quer como ampliamos seus saberes?
     Essas dúvidas estão povoando nosso cotidiano e ainda não encontramos as respostas, mas estamos conversando muito sobre o que fazemos e como estamos fazendo e aos poucos temos encontrado pequenas soluções que estão nos ajudando a pensar sobre nossa identidade profissional e as aprendizagens no universo da Educação Infantil.
    As práticas que estamos mostrando nessa tragetória ilustram um pouquinho da direção que estamos seguindo. Já conseguimos compreender que a lista de tarefas que fazíamos a um tempo atrás não dão conta do trabalho que queremos realizar, mas por quê?
      Porquê  descobrimos que ao olharmos para as crianças que atendemos como pessoas com saberes isso exige de nós o exercício do respeito. E quando falamos de respeito não estamos nos referindo ao "ensino das palavrinhas mágicas" porque já percebemos que respeito é sinônimo de proporcionar às crianças qualidade no que oferecemos e nesse contexto "ter pena" das crianças pelas condições que apresentam passa muito longe disso!
       Sabemos que as crianças estão vindo para os CMEIS aos três meses de idade e que passam cinco anos conosco, se as respeitamos temos consciencia de que o mundo será apresentado a elas através dos nossos olhos e que cuidados assistencialistas e carregados de pena não fazem parte do que ofereceremos a elas e isso é o que estamos chamando de respeito!
       No entanto manter nossas expectativas e ampliar nossa visão de mundo para que possamos fazer o melhor trabalho que pudermos fazer tem sido a mola propulsora de nosso trabalho formativo, afinal somos todos "pessoas" e como tal precisamos encontrar equilibrio em nossas interações para que sejam positivas e que resultem em aprendizagens significativas.