CMEI VILA LORENA

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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Repensando a forma de fazer planejamento

    
     Se pensamos nos campos de experiência percebemos que a forma usada para registrar nossos planejamentos precisará ser repensada.
     Por quê? Demoramos tanto para incorporar o planejamento por áreas com atividades dirigidas e agora será preciso mudar de novo?
     Sim, as mudanças são necessárias nesse processo porque nada é estático e o movimento nos faz rever conceitos considerados importantes em determinados momentos, que bom estarmos avançando a ponto de revermos nossos documentos a fim de que sejam a descrição do que realmente estamos fazendo.
     O texto da Silvana nos ajuda a rever os conceitos que temos sobre "vivencias" e "experiências" e traz três pilares importantes para que possamos rever nossos planejamentos:
INTERAÇÕES - DIVERSIDADE DE EXPERIÊNCIAS - CONTINUIDADE DAS EXPERIÊNCIAS
     Nesse contexto os planejamentos baseados em "atividades" a serem executadas, onde todas as crianças produzem um determinado produto final num tempo x não condizem mais com o trabalho que estamos fazendo com as crianças. Mas por quê? 
     Porquê se estamos considerando a criança enquanto sujeito com saberes e identidade própria tarefas a serem executadas da mesma forma pela turma inteira não respeitam essa criança.
     Porquê se considerarmos as interações como fonte de aprendizagens significativas precisamos permitir que elas aconteçam não só entre professor/crianças mas entre criança/criança na sala e em outras turmas e um planejamento de atividades não permite isso.
     Porquê se acreditamos que a diversidade nas experiências da criança não significam uma porção de atividades que artificializam a visão do mundo apresentado a elas, a execução de atividades não ressignificará os saberes e não resultará em aprendizagens significativas.
     Porquê se pensarmos que respeito ao tempo e espaço dessa criança significa dar a ela as condições de testar hipoteses fazendo e refazendo o caminho de suas aprendizagens e que esse processo não cabe numa rotina pré determinada pelos adultos mas precisa de continuidade para que aconteça permitindo às crianças apreenderem os conhecimentos.
     Porquê se levarmos em consideração as questões levantadas a cima saberemos que nossos planejamentos da forma como são concebidos hoje não permitirão o desenolvimento que pretendemos por isso a transformação deverá ter inicio em cada um de nós, nosso compromisso com a profissão que escolhemos nos levará cada vez mais a repensar nossas ações e esse movimento nos ajudará a reescrever nossa história enquanto profissionais comprometidos com a Educação Infantil pública e de qualidade em nosso pais.  
     O caminho é longo mas vamos nos contentar a dar um passo de cada vez!