CMEI VILA LORENA

CMEI VILA LORENA

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Desemparedar ação que nos faz pensar!

Esse termo usado no texto Crianças da Natureza tem estado cada vez mais presente em nossos estudos e discussões. Mas afinal o que ele realmente quer dizer? 
Para Léa Tiriba se as crianças são seres da natureza, precisamos repensar e transformar uma rotina de trabalho que supervaloriza os espaços fechados e propiciar contato cotidiano com o mundo que está para além das salas de atividades mas para a maioria dos profissionais essa afirmação coloca em xeque a maneira como acreditam que deva ser a conduta profissional. Por quê?
Historicamente os espaços escolares eram considerados territórios sagrados onde a aprendizagem acontecia como resultado de sacrifícios e muita dedicação sendo lugar para poucos com a democratização do ensino todos têm acesso a esses espaços mas a conduta de todos precisa ser de acordo com os padrões que afirma que esses são espaços para aprender e que esses processo é doloroso e sério não cabendo nele as brincadeiras ... porém nessa caminhada as crianças estão indo para os espaços escolares cada vez mais cedo e o alento que tivemos de brincar até crescer para ir para a escola dissipou-se e agora todos grandes e pequenos foram engolidos pela roldana de "aprender e aprender e aprender"...
Nesse contexto estando em xeque, os profissionais da Educação Infantil não sabem mais como se mover nesse tabuleiro passando a se valer das figuras de autoridade para respaldar ações: " posso fazer isso? " A pedagoga é que mandou fazer ou a pedagoga não quer que façamos assim. A brincadeira no pátio não precisa de planejamento porque deve ser mais livre, O núcleo que mandou ou proibiu... e etc, etc, etc...
Se voltarmos novamente ao texto Crianças da Natureza vamos perceber um enorme amparo legal justificando esse movimento de "desemparedar" no entanto cada profissional a luz dessa legalidade  compreender que suas ações dizem de suas convicções pessoais e portanto será preciso uma compreensão que exigirá não só todas essas informações mas uma mudança de atitude e isso implica em que cada profissional primeiro aceite que também na Educação as verdades são mutáveis e que sendo mutáveis exigem maneiras diferentes de execução. Segundo que nossas crianças precisam conhecer o mundo e que por estarem cada vez mais cedo em ambientes educacionais caberá aos profissionais apresentá-lo a elas lembrando que essa apresentação deve estar mais voltada para as experiencias que em nossa infância tivemos nas ruas e quintais que frequentamos porque tivemos esse privilégio antes de adentrarmos os espaços escolarizados e por isso precisamos pensar muito, refletindo, discutindo, trocando idéias com colegas até que estejamos todos convencidos de que o melhor caminho para os pequenos está nas descobertas que poderão fazer em parceria conosco, cabendo a cada profissional planejar a melhor maneira de correr, gritar, subir e descer, sorrir, cantar e dançar, perceber cores, sabores e sons enquanto vivem cada momento com a intensidade que merecem e não apenas através das "atividades " para aprender a pular, cantar, correr enquanto decoram cores e formas para responder corretamente as perguntas que serão realizadas para efeito de avaliação. Partindo desse pressuposto " desemparedar"  não é uma simples ação mas um tsunami em nossas convicções e valores. Você já parou para pensar sobre isso?

  




   



                   
    

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Como as crianças aprendem?

Pergunta que assola pensamentos e instiga profissionais comprometidos a ler e pensar sobre o assunto.
Para nos ajudar nessa reflexão vamos dar uma olhadinha no que Aldo Fortunati pensa sobre o assunto:


Agora vamos dar uma espiadinha em alguns planejamentos que estão acontecendo no CMEI:


Propostas como essas segundo Aldo Fortunati são chaves para que as crianças conheçam o mundo, portanto profissionais comprometidos com uma educação infantil de qualidade precisam pensar cada vez mais em propostas em que as crianças estejam envolvidas com situações reais e menos com tarefas e atividades para que elas saibam mais sobre as coisas.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Atenção e Conforto sob medida!

Adaptar-se a situações novas é um processo contínuo, que ocorre ao longo da vida.Desde muito cedo, o bebê é atraído por aquilo que lhe é familiar, que lhe da apoio e segurança , mas também pelo desejo de explorar e buscar a novidade.
E quantas novidades fazem parte da vida desses pequenos... Um mundo gigantesco se descortina a frente deles e cada um a sua maneira e no seu tempo vai absorvendo as informações necessárias ao seu processo de "individuação do sujeito", ( termo usado por Ana Maria Mello no artigo da Revista Pátio Educação Infantil : Os primeiros dias na creche), nesse contexto o desfralde desponta quase como uma "obrigação pedagógica" a ser intensificado nas turmas de Maternal I. 
Estar professor de bebês exige conhecimentos de base que nem sempre os cursos de formação inicial têm contemplado, visto que não se trata de uma postura docente que centraliza no sujeito adulto ações que desencadeiam o processo de desenvolvimento das crianças, mas de uma docência baseada na relação: estar com as crianças significa colocar-se intencionalmente disponível para a relação. Nesse sentido o papel do profissional torna-se central, já que é ele quem, na relação pedagógica com as crianças, cria condições para que se estabeleçam as relações entre elas.
Reconhecer as crianças como competentes requer do adulto uma postura atenta quanto aquilo que eles ja são capazes de fazer e significar para lhes provocar a avançar nesses processos, ou seja, os profissionais devem organizar tempos e espaços assegurando que as crianças tenham condições de ação, porem sempre provocando-os a tornar essas ações mais complexas.
Nesse contexto porque as crianças pequenas ao serem desfraldadas não estão sendo incentivadas a usar roupas intimas?
Mais uma vez os adultos estão pensando na praticidade de calções e calças de elástico, fáceis de serem tiradas para se ir ao banheiro... mas e como ficam questões como a proteção que as roupas intimas imprimem, evitando o contato direto com o tecido mais grosso das roupas usadas?
Culturalmente a roupa intima está presente em nosso cotidiano então como profissionais comprometidos que somos precisamos incentivar que nossas crianças ao deixarem a fralda tenham calcinhas e cuecas inseridas em seu vestuário.
Parece algo insignificante porém se nos colocarmos no lugar das crianças veremos sua importância.
Precisamos incentivar nossas famílias a perceberem que seus bebês ao crescerem passam a ter novas necessidades e que a roupa intima esta entre elas.
Pensem nisso!



terça-feira, 19 de abril de 2016

Todo dia deveria ser dia do Índio!!!

 Vamos aproveitar a data para conversar um pouco sobre o frisson que as " chamadas datas comemorativas" causam entre os profissionais da Educação Infantil.
Nossas diretrizes não sinalizam para um trabalho a ser realizado com o tema, no entanto, precisamos compreender que o que não cabe é um trabalho pautado em cantar os cinco indiozinhos com as crianças, já que essa é a data em questão, pintando seus rostos para que se sintam "indígenas" ou ainda trazer diferentes desenhos para que as crianças passem muito tempo debruçadas sobre as mesas colorindo-os.
Será essa a unica maneira de tratar de um assunto tão rico?
Que outra proposta poderia ser usada então? 
As crianças são muito pequenas e não compreendem muita coisa.
A atenção delas é minima não sendo necessários tantos esforços!
Essa linha de raciocínio não esta errada, mas diz respeito a uma visão de criança que não sabendo absolutamente nada precisa receber o conhecimento em doses homeopáticas. Isso sim está errado, já que a visão de criança que os profissionais compromissados devem ter é a que respeita criança enquanto ser humano, dotada de saberes que se ampliam e transformam na relação com os outros e com o meio.
Voltemos então ao inicio da conversa, nesse contexto o trabalho com os povos indígenas perde o status de data comemorativa sendo elevado a categoria de cultura, que precisa ser apresentada as nossas crianças exatamente por serem tão pequenas e precisarem de repertório para que se reconheçam nesse contexto, alias isso é trabalhar identidade!
Feitos os devidos esclarecimentos algumas sugestões para o trabalho:
Imagens: as crianças são visuais e as imagens facilitam a leitura de um mundo que as crianças ainda não conhecem.



 

Videos: Com imagens, músicas e danças para que as crianças exercitem seus sentidos.


Comparando semelhanças e diferenças entre os alimentos , as brincadeiras, a sonoridade das palavras. 



Artesanato:




 
Existe uma infinidade de propostas muito mais ricas e interessantes que as citadas no inicio dessa conversa.No entanto contrariando os que acham fácil trabalhar com os pequenos, exige pesquisa e aprofundamento dos profissionais.
Pensem: a responsabilidade de apresentar o mundo a essas crianças está em nossas mãos, um mundo lindo cheio de nuances, cores, tons, sabores... cheio de vida, encantamentos e desafios cada profissional precisa ter consciência de que a maneira que escolhe para fazer isso não está nem certa nem errada, apenas caracteriza o mundo de seu ponto de vista então o melhor caminho não é perguntar se pode ou não fazer determinada ação, a verdadeira pergunta deve ser como vou apresentar tal situação? Que mundo estou apresentando as crianças sob minha responsabilidade? Que memórias as crianças terão do tempo que compartilhamos... pois no fim das contas estaremos nos vendo em cada um deles!!!!!



sexta-feira, 15 de abril de 2016

Hoje é sexta-feira...

A todas vocês que fizeram o impossível nessa semana obrigada!!


E veio a tempestade...

Temos vivido dias difíceis em todos os âmbitos de nossas vidas.
São as doenças que nos assolam ou atingem as pessoas que amamos, as inseguranças econômicas e politicas do pais e as condições de trabalho insatisfatórias que precisamos enfrentar.
Cada um de nós sabe de suas responsabilidades porém a escuridão que nos assola as vezes nos faz esmorecer e duvidar.
O perfil  exigido hoje dos profissionais da Educação Infantil pedem mudanças radicais em valores e verdades até então consideradas absolutas e esse processo só acontece regado a muitas discussões e reflexões, porém com o cotidiano conturbado que estamos vivendo não há espaços ou tempos nem para os cumprimentos e conversas banais quanto mais para discussões e reflexões.
O que fazer?
Como enfrentaremos mais essa tempestade sem perdermos nossa identidade?
Como não perder as conquistas que já obtivemos? Como não andar para traz por estar sem alternativas para avançar?
O Lenine na musica Paciência levanta alguns pontos que podem nos ajudar a olhar para toda essa situação de um outro lugar:


Não deixar de acreditar que o sol continua brilhando apesar da tempestade pode ser o escape para que não sucumbamos as desesperanças do momento.
Viver cada dia como se fosse o ultimo também pode ser uma boa alternativa.
Colocar-se no lugar do outro, fazendo as coisas na exata medida do que queremos receber pode ser a arma certa para enfrentarmos nossas batalhas.
Pensem nisso!!!!



Conhecer para Previnir

 O Projeto Conhecer para Prevenir em parceria com a Defesa Civil tem o objetivo de treinar os profissionais e crianças do CMEI para que saibam quais as melhores ações a serem realizadas em situações de emergência.
Cotidianamente as equipes realizam pequenos simulados para que as crianças se acostumem melhor com essas situações, uma vez que sendo muito pequenas ficam assustadas com a mudança repentina em suas rotinas.
A equipe ajuda as crianças a transitarem pelas rotas de fuga para que conheçam os trajetos.
Essa tarefa não é nada fácil pois existem inúmeros obstáculos nessas trajetórias e um agravante, nossas crianças são pequenas. Porem grandes desafios nos estimulam a feitos cada vez maiores. Olha como esta nosso espaço hoje:



Na ultima quarta-feira 13/ 04 a Equipe da Defesa Civil esteve no CMEI realizando um simulado.
O evento adverso foi vazamento  na central de gás com incêndio e a evacuação precisou ser total , ou seja, o ponto final de encontro foi na rua.
Todos estiveram atentos a situação e desempenharam bem suas funções, conseguimos evacuar as dependências em tempo hábil e não houve nenhuma baixa.
É isso aí equipe vocês são feras!!!!




quinta-feira, 14 de abril de 2016

Desemparedar é preciso!

A equipe do CMEI vem refletindo sobre as questões apresentadas pela Léa Tiriba no texto Crianças da Natureza.
Reforçando essas reflexões deem uma olhadinha na nova propaganda do omo:


Sabemos que são inúmeras as desculpas usadas para mantermos as crianças "seguras" mas não podemos nos esquecer de que os espaços educativos não são prisões e que as crianças não estão condenadas em regimes fechados. São crianças que deixam suas casas, muitas vezes sem entender direito o por quê e passam de oito a dez horas diárias em espaços nem sempre tão adequados quanto deveriam ser sendo obrigadas a ver suas vidas a passar nas janelas!
Como profissionais comprometidos com o trabalho que realizamos precisamos quebrar as barreiras que erguemos por medo, insegurança ou cobranças descabidas e permitir que as crianças que estão sob nossa responsabilidade sejam crianças: brinquem, tomem sol, corram, cantem, riam e chorem vivenciando suas próprias experiencias de inserção nesse universo de que são parte.
Pensem nisso!!!!

Olha a lavanderia ai gente!!!

As coisas simples do cotidiano nos ajudam a perpetuar as manifestações culturais dos grupos em que estamos inseridos.
A lavagem das roupas sempre foi do jeito que acontece hoje? Que tarefa e essa?
A turma do Maternal II fez uma pequena incursão por essa atividade tão comum e olha só...descobrimos que já foi cantada em prosa e verso desenhada e pintada e que faz muito tempo que acontece.





E as crianças também eternizaram seu momento nessa atividade... passaram um bom tempo lavando muuuito na Lavanderia  do MII:











Muito bem pessoal a Lavanderia foi um sucesso. Parabéns!!!!