CMEI VILA LORENA

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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Atenção e Conforto sob medida!

Adaptar-se a situações novas é um processo contínuo, que ocorre ao longo da vida.Desde muito cedo, o bebê é atraído por aquilo que lhe é familiar, que lhe da apoio e segurança , mas também pelo desejo de explorar e buscar a novidade.
E quantas novidades fazem parte da vida desses pequenos... Um mundo gigantesco se descortina a frente deles e cada um a sua maneira e no seu tempo vai absorvendo as informações necessárias ao seu processo de "individuação do sujeito", ( termo usado por Ana Maria Mello no artigo da Revista Pátio Educação Infantil : Os primeiros dias na creche), nesse contexto o desfralde desponta quase como uma "obrigação pedagógica" a ser intensificado nas turmas de Maternal I. 
Estar professor de bebês exige conhecimentos de base que nem sempre os cursos de formação inicial têm contemplado, visto que não se trata de uma postura docente que centraliza no sujeito adulto ações que desencadeiam o processo de desenvolvimento das crianças, mas de uma docência baseada na relação: estar com as crianças significa colocar-se intencionalmente disponível para a relação. Nesse sentido o papel do profissional torna-se central, já que é ele quem, na relação pedagógica com as crianças, cria condições para que se estabeleçam as relações entre elas.
Reconhecer as crianças como competentes requer do adulto uma postura atenta quanto aquilo que eles ja são capazes de fazer e significar para lhes provocar a avançar nesses processos, ou seja, os profissionais devem organizar tempos e espaços assegurando que as crianças tenham condições de ação, porem sempre provocando-os a tornar essas ações mais complexas.
Nesse contexto porque as crianças pequenas ao serem desfraldadas não estão sendo incentivadas a usar roupas intimas?
Mais uma vez os adultos estão pensando na praticidade de calções e calças de elástico, fáceis de serem tiradas para se ir ao banheiro... mas e como ficam questões como a proteção que as roupas intimas imprimem, evitando o contato direto com o tecido mais grosso das roupas usadas?
Culturalmente a roupa intima está presente em nosso cotidiano então como profissionais comprometidos que somos precisamos incentivar que nossas crianças ao deixarem a fralda tenham calcinhas e cuecas inseridas em seu vestuário.
Parece algo insignificante porém se nos colocarmos no lugar das crianças veremos sua importância.
Precisamos incentivar nossas famílias a perceberem que seus bebês ao crescerem passam a ter novas necessidades e que a roupa intima esta entre elas.
Pensem nisso!