Estamos lendo o texto da Daniela de O. Guimarães que nos propõe uma reflexão sobre a qualidade dos espaços planejados para o trabalho que desenvolvemos com as crianças na Educação Infantil.
O texto propõe uma reflexão que começa com o que entendemos por Educação.
Para que possamos compreender a definição apresentada pela autora será preciso revisitar nossos documentos, principalmente a Proposta Pedagógica da Unidade.
Mas para que possamos definitivamente avançar será preciso que cada profissional pondere a definição dos documentos com sua definição pessoal... Mas por quê????
Para que o trabalho tenha a qualidade que queremos precisamos ter clareza sobre no que acreditamos.
Em que cada uma de vocês acredita?
Quem são as crianças com as quais trabalham? No que pensam quando propõe suas intervenções? Brincadeiras? O uso dos espaços?
Parece algo simples mas não é, planejar ações que permitam o desenvolvimento da autonomia só é possível por pessoas que acreditam nisso. Enquanto continuarmos esperando que nos digam o que fazer não avançaremos na conquista profissional que queremos pois não seremos capazes de justificar ou argumentar sobre nossas ações.
O texto relata aspectos italianos e muitas devem estar se questionando sobre isso, a ideia não é copiarmos o que fizeram, apesar de ter sido um feito fantástico, mas sermos motivadas a refletir sobre nossas metas e ações, sobre como estamos fazendo a Educação Infantil acontecer em nossa cidade.
Precisamos acreditar nas crianças entendendo que nosso papel não é o de ensina-las a viver pois isso é pretensão demais. Temos que encontrar nosso potencial primeiro enquanto pessoas, depois enquanto profissionais de excelência para que possamos mostrar as inúmeras possibilidades de se ver e estar no mundo, deixando que cada criança faça suas escolhas e escreve sua história.
Para podermos falar de espaços e experiências estamos precisando olhar para o que estamos fazendo a luz de quem somos e no que acreditamos a fim de melhorarmos a cada dia compreendendo que fazer educação é um processo moroso, de longo prazo, difícil, cheio de desvios e atrativos que podem nos desviar a cada passo. Mas se escolhemos esse caminho cabe a cada um de nós estudar as possibilidades, comparar as ações e encaminhamentos buscando sempre a melhor alternativa para o momento, pois em educação assim como na vida, as verdades não são imutáveis.
Pensem nisso!!!!