O dicionário classifica "rotina" como o hábito de fazer algo sempre do mesmo modo, mecanicamente, rotineiramente.
Na Educação Infantil a "rotina" é um elemento importante por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança, permitindo a ela uma maior facilidade de organização espaço-temporal.
No entanto a história escrita no cotidiano coloca a rotina como o "elemento" constante no dia a dia, onde as propostas consideradas rotineiras precisam ser realizadas a qualquer custo. E é exatamente nesse ponto que começam nossos dilemas "pedagógicos" porque aprendemos que as atividades rotineiras de chamada, roda de conversa, alimentação, sono, leituras, experimentações tem momentos certos para acontecer e acontecem mesmo com resultados não tão positivos.
Mas como devemos agir estão?
Quando começamos a estudar e a compreender a criança enquanto sujeito passamos a peceber que a "rotina" da forma como vem sendo executada não está dando conta do respeito aos tempos e espaços das crianças nem da escuta ou de permitir a elaboração das hipóteses tão importantes para o desenvolvimento infantil.
E o que faremos?
Precisamos repensar nossas ações buscando encontrar caminhos que nos permitam fazer um trabalho voltado às crianças e para isso teremos que estar dispostos a dar um salto para o desconhecido, rever nossos conceitos e as verdades que conhecemos a fim de construir uma maneira de fazer "educação" que venha de encontro as necessidades reais de nossas crianças.
Caminho fácil???
De maneira alguma, temos um longo e tortuoso caminho a percorrer, mas, vamos começar olhando para a rotina desenvolvida no CMEI analisando pequenas ações que a tornem mais dinâmica e apropriada ao trabalho que queremos realizar, um passo de cada vez, sem pressa, com o cuidado e o respeito que é peculiar ao trabalho que desenvolvemos aqui!
O texto da Marina Feldman pode ser um bom apoio para nossa reinvenção...
Conseguiremos???
Só saberemos se tentarmos... Então mãos a obra!!!!
