CMEI VILA LORENA

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sexta-feira, 17 de março de 2017

TEA? O que é??

Como estamos recebendo crianças com o diagnóstico de TEA é importante que todos saibam mais sobre o assunto.
Vamos procurar desmestificar um pouco do temor que essa síndrome causa para que possamos atender bem nossas crianças.
O que significa a sigla TEA? 
 Com o advento do Manual Diagnóstico e Estatistico de Transtornos Mentais V ( DSM-V) que é um guia de classificação diagnóstica, houve uma alteração na nomenclatura em 2013 e o TGD (Transtorno Global ou invasivo do Desenvolvimento) que incluia em seu rol:o autismo; a sindrome de Asperger; a síndrome de Rett e o transtorno Global do desenvolvimentom sem outra especificação;passou a ser denominado TEA (Transtorno do Espectro Autista).
  Mas o que é o Transtorno do Espectro Autista ( TEA)?
 Transtorno de neurodesenvolvimento que prejudica os processos de socialização, comunicação e aprendizado.
Quais os sintomas?
Nota-se na criança com TEA alterações na afetividade, ausência de interesse no ato de brincar, dificuldade na fala dando a impressão de ser uma criança tímida ou arrogante. 
O TEA é adquirido? Pode ser transmitido?
Houve muita confusão sobre a natureza do autismo  e sua etiologia ( origem/causa), e a crença mais comum era a de que o autismo era do por pais não emocionalmente responsivos a seus filhos (hipotese da mãe geladeira). No inicio dos anos 60, um crescente corpo de evidencias comeou a acumula-se sugerindo que o autismo era um transtorno cerebral.
Hoje se pode afirmar com certeza que o TEA é um transtorno cerebral e que a criança nasce com ele, não sendo algo adquirido após o nascimento ou por conta do convívio familiar.
Não tem cura, o quadro vai mudando conforme o indivíduo vai crescendo, dependendo do processo decorrente de suas experiências vividas.(CUNHA,2011)
Quais as caracteristicas desse transtorno?
Nos casos mais graves, a criança pode passar a maior parte do tempo em seu próprio mundo e dar a impressão de tratar as pessoas como de fossem objetos.É incapaz de usar ou entender a linguagem, parece facinada por objetos de casa e não por brinquedos; passa muito tempo balançando o corpo ou agitando as mãos, não faz contato visual.
Apresenta dificuldade em apoiar-se ou engatinhar, falta de concentração, ausencia de sentimentos, dificuldade em ajustar seu comportamento ao conteto social não conseguindo reconhecer ou responder adequadamente às emoções dos demais.
Nos casos menos graves apresenta proximidade com os pais, desenvolvendo inclusive afeição, mas é mais propensa a abraçar do que a aceitar ser abraçada tornando as interações sociais com pares bastante restrita.

Temos um longo caminho a percorrer, mas vamos começar aprendendo um pouco sobre esse transtorno.São muitas as informações que precisam ser assimiladas e muitas as conversas que precisaremos ter sobre o assunto para que possamos compreende-lo um pouquinho melhor.
Para que possamos atender as crianças com qualidade precisamos compreender como se desenvolvem tendo em mente que não são iguais e que têm o direito de ser atendidas em suas especificidades! (Carla Gruber Gikovate. Autismo: compreendendo para melhor incluir. Universidade do RJ, 2009)

* Autismo e Inclusão. Psicopedagogia  e práticas educativas na escola e na familia.Eugênio Cunha. 3ªedição, RJ.Wak editora, 2011.