CMEI VILA LORENA

CMEI VILA LORENA

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Quem é o profissional da Educação Infantil?

Quem somos? Como nos definimos nesse universo complexo que é a Educação Infantil? O que esperam de nós? E o mais importante o que esperamos de nós mesmos?
Tantas perguntas ... poucas respostas...
Já conseguimos nos desvencilhar do aspecto "assistencialista" impingido inicialmente aos chamados atendentes?
Assumimos a postura de ensinantes enquanto competimos por reconhecimento dos professores?
Quem é afinal de contas o profissional da educação infantil?

 

A construção da Identidade é um processo lento e muitas vezes doloroso, no entanto não há como fugir dele se queremos realizar um bom trabalho na área que escolhemos atuar.
Nesse processo precisamos estar atentos as conquistas alcançadas, as aprendizagens significativas que resultem em mudanças na maneira como vemos e nos relacionamos com o mundo. Não é uma tarefa fácil, muitas vezes o tão esperado reconhecimento não chega, as condições de trabalho não ajudam muito e as cobranças se amontanham em pilhas sem fim...
Todas essas condições ou a falta delas precisam ser discutidas e reivindicadas  nas instâncias competentes no entanto não podemos jamais usa-las como desculpa para não avançarmos na busca pela compreensão de que somos "profissionais" e que como tais investimos nossa energia e conhecimentos no aprimoramento de nossas competências, na ampliação de nossos repertórios e na condução de experiências cada vez mais significativas a fim de oferecermos educação pública de qualidade as crianças sob nossas responsabilidades por acreditarmos que cada uma delas têm o direito de que as coisas aconteçam dessa forma e nós o dever de efetivá-la!
Aspectos importantes para nossas reflexões...

Que desenvolvimento esperar na Educação Infantil?

 Segundo Silvana de Oliveira Augusto precisamos compreender a experiência como elemento articulador no processo de desenvolvimento enquanto imerso na cultura  e nas interações resultantes da rede de significações de cada uma das crianças.
Nesse contexto é preciso que a instituição educativa respeite os saberes de cada um e promova condições para que esses saberes dialoguem com as experiências propostas resultando em aprendizagens significativas.Lembrando ainda que estamos chamando de "aprendizagens significativas" aquelas em que as crianças tomem os novos conhecimentos em diferentes nodos de aprender assumindo-os em suas próprias experiências. Traduzindo ... estamos considerando experiências de aprendizagem aquelas que resultem em apropriação das informações no cotidiano das crianças com mudanças de comportamento não simplesmente como resposta a determinados questionamentos feitos pelos profissionais que esperam respostas comuns ao grupo de crianças com quem trabalham.
Tudo isso parece complexo?
Está difícil compreender como devem ser as ações dos profissionais comprometidos com esse aspecto do desenvolvimento?
O texto Experiência de aprender na Educação Infantil traz encaminhamentos metodológicos bastante claros e que podem ajudar a cada uma de vocês nessa aventura de ensinar na Educação Infantil:


Procurem rever seus planejamentos a luz dessas informações. Estão conseguindo proporcionar experiências significativas as crianças? O que pode ser feito para articular melhor as propostas que vocês têm feito a organização de experiências significativas que proporcionem aprendizagens significativas?
Ufa!!!! Mais questionamentos para ajudá-las a refletir sobre a prática pedagógica que estamos oferecendo as crianças que atendemos.

Condições para que a experiência na Educação Infantil seja significativa

Já pudemos perceber que as experiências na Educação Infantil não são vivências cotidianas. O texto nos ajudou a entender um pouquinho mais sobre que tipo de experiências precisam ser proporcionadas as crianças.
Percebemos também que para que essas experiências sejam significativas elas precisam de algumas condições, vamos pensar um pouco sobre elas e refletir sobre a melhor maneira de efetivá-las em nosso dia a dia:


Não esqueçam de que o segredo para que as experiências de aprendizagem sejam significativas  está nas condições proporcionadas para que elas efetivamente aconteçam. As interações, a diversidade de experiências e a continuidade dessas experiências precisam ser a tríade para a organização dos planejamentos. Percebemos essa tríade no que estamos fazendo? Podemos mudar nosso modo de ação? Pensem nisso!!

Reflexão e Ação...

Depois do merecido descanso vamos retomar nossas reflexões sobre o complexo universo das aprendizagens!
Estamos conseguindo perceber nossas ações a luz do texto lido?
Ao organizarmos nosso planejamento estamos levando em conta a diferença entre vivencias e experiências?
Esse não é um processo fácil pois vem de encontro as verdades "pré estabelecidas" mas precisamos estar dispostos a tentar...
Como profissionais comprometidos precisamos olhar para o cotidiano sempre com um novo olhar...Um olhar que acolhe... um olhar que reconhece... um olhar que incentiva... um olhar que soma procurando sempre a melhor opção, a melhor proposta, o melhor sorriso...
Refletir e agir em busca das melhores ações que resultem em outras reflexões que permitam novas ações eis o caminho que escolhemos seguir!!!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Merecida pausa para renovar as forças.

Vamos dar um tempo em nossas profundas reflexões...
Aproveitem o feriado, curtam aqueles que lhes são queridos.
Acordem mais tarde... sorriam... brinquem... visitem entes queridos... façam caminhadas... abracem e se deixem abraçar! Renovem as forças para que possamos prosseguir!


Um ótimo feriado a todos!!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Experiência ou vivência? Qual o caminho a seguir?

Nesse momento já entendemos de que desenvolvimento estamos falando quando nos referimos a Educação Infantil então podemos avançar um pouquinho mais em nossa incursão pela experiência de aprender. A Silvana no texto A experiência de aprender na Educação Infantil apresenta um novo ponto de vista para as chamadas experiências, tão comuns no trabalho com as crianças pequenas:


A partir da leitura e das reflexões baseadas na prática cotidiana é possível olharmos com novos olhos para as propostas que estamos oferecendo?
Você consegue diferenciar as vivencias das experiências?
Ampliar o repertório dos profissionais pode nos ajudar a melhorar nossa prática de trabalho?
Olhe para seus planejamentos e separe as vivências das experiências, elas estão proporcionando aprendizagens?
Mais questionamentos... reflexões importantes que apesar de difíceis precisam ser realizadas...

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Pensando no desenvolvimento infantil

O que é desenvolvimento?
Como ele acontece?
Entender de desenvolvimento é imprescindível para quem trabalha com educação.
Silvana no texto A Experiencia de aprender na Educação Infantil aponta alguns aspectos importantes para nossa compreensão sobre o assunto:

Lendo o texto podemos chegar a uma definição de desenvolvimento?
Ela coloca que não sendo esse desenvolvimento orgânico e natural precisa ser "apreendido" no interior das relações e a instituição de educação infantil acaba assumindo uma parcela importante nesse contexto uma vez que um número cada vez maior  de crianças começa cedo a frequentar as instituições educativas. E então como fica o profissional de educação infantil nesse contexto?
Olhando para o planejamento de vocês... eles têm contemplado as especificidades de ser humanos em desenvolvimento? Têm contribuído para o desenvolvimento significativo das crianças?
O que têm sido feito é suficiente?
O que pode ser melhorado nesse contexto?
O que precisa ser mudado para que as coisas aconteçam?
 Como você aparece nesse cenário? Pode melhorar? Como?
Indagações são sempre importantes pois nos ajudam a olhar de forma diferente para o que fazemos todo dia...
Pensem sobre isso! 

O desafio de ser humano!

 Essa semana estaremos estudando o texto A experiencia de Aprender na Educação Infantil da Silvana de Oliveira Augusto, mas antes de nos debruçarmos sobre o texto gostaria de dessem uma olhadinha no ultimo documentário de Yann Arthus-Bertrand.
Nesse mundo corrido, superficial, desumano... toda iniciativa que nos ajude a perceber que existem bilhões de outros com uma subjetividade profunda, rica, diversa...é urgente e necessária.



A partir dos aspectos apresentados no documentário podemos começar a pensar em nós mesmos e nas crianças que atendemos em nossa unidade.
Temos sido humanos? Estamos conseguindo apresentar a humanidade as crianças?

sábado, 21 de maio de 2016

Integração com as familias. Qual é sua importância?

Quem trabalha na Educação Infantil sabe que muitos dos sábados trabalhados são de integração com as famílias, mas será que todos sabem o por quê disso? A equipe precisa conhecer essa relevância para que possa organizar planejamentos significativos. 
Veja o que diz o Currículo de São Paulo sobre o assunto:


Vocês podem questionar a escolha do texto mas é só para que vocês percebam que a "integração com as famílias é uma preocupação para além do CMEI. 
As relações da família com o CMEI precisam ser fortalecidas a fim de que possamos desenvolver um bom trabalho com as crianças.
Para que eles saibam que não somos "cuidadores" mas profissionais qualificados para atender crianças tão pequenas precisam nos conhecer e acreditar em nós. Se pretendemos excelência em nosso trabalho precisamos ver as famílias como aliadas e não como inimigas.
Pensando nisso para o dia 14/05 as equipes planejaram um encontro divertido, todos estiveram envolvidos em recepcionar as famílias com diferentes propostas de brincadeiras: corda e elástico, perna de pau, dança das cadeiras,o galo e a galinha, escravos de jó, pescaria com poesia, camarim de fantasias, atelie de arte além de jogos como bola no lençol e jogos de mesa.
As crianças tiveram oportunidade de mostrar aos familiares os espaços do CMEI e escolher com eles onde gostariam de brincar mas os profissionais também se envolveram e a diversão foi bonita de se observar!





































(...) _ Vem brincar comigo - propôs ele - Estou tão triste...
_ Eu não posso brincar contigo - disse a raposa - Não me cativaram ainda.
_ Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
_ Que quer dizer "cativar"? (...)
_ É algo quase sempre esquecido - disse a raposa - Significa "criar laços"...
_ Criar laços?
_ Exatamente - disse a raposa - Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. e eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas nós teremos necessidade um do outro. (...)
A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
_ Por favor ... cativa-me! - disse ela.
_ Eu até gostaria - disse o principezinho - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
__ A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa - os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os  homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
(...) assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
_ Ah! Eu vou chorar! 
_ A culpa é tua- disse o principezinho - eu não queria te fazer mal, mas tu quiseste que eu te cativasse...
(...) _ Adeus - disse a raposa - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
_ O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho para não esquecer.
( trechos do livro O pequeno príncipe) Antoine de Saint-Exupéry

E então há ou não importância na integração com as famílias? Vale a pena pensar sobre o assunto!!